terça-feira, 21 de setembro de 2010

Depoimentos com Pegada!

Maria Benites e Marcia Pompeu relatam sobre a experiência que foi participar do 3º Encontro de Teatro Jovem.


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Depoimentos de Expedito Araújo e Grupo Parlendas

Desde o 1º Encontro Comunitário de Teatro Jovem, o Pombas se preocupa com o registro em foto, vídeo e impresso de todo o intercâmbio que acontece neste evento, desde a molecada do lado de fora do Centro Cultural que canta e dança e conversa, até as entrevistas com pessoas que participam de seminários e workshops, e de grupos que apresentam seus espetáculos.



Como exemplo de documentação impressa, temos a Revista Semear Asas, que você pode folhear aqui. E, neste 3º Encontro, reunimos uma equipe-revista que vai dar conta das 52 páginas para a 2ª edição, com previsão de lançamento no mês de novembro. E, além da Revista, teremos também o documentário do 3º Encontro.


Bom, mas enquanto ele não vem, você pode conferir alguns vídeos de making of no nosso blog.




Entrevista com Expedito Araújo (Gestor Cultural, Cientista Social e ator)

Natália Siufi e Maria Gabriela D'Ambrozio (Grupo Teatral Parlendas - ganhador do Programa VAI – Valorização de Iniciativas Culturais 2010)

Começa hoje o 1º Fórum de Teatro Jovem da Cidade de São Paulo




Como parte da programação do 3º Encontro Comunitário de Teatro Jovem, que está acontecendo desde o dia 11 no Centro Cultural e conta com a participação de 10 grupos de teatro, workshops, apresentação de espetáculos e intercâmbios artísticos, o Fórum conta com a presença de representantes de sólida experiência na realização de projetos de arte e teatro para a transformação social e representantes de grupos jovens, que cada vez mais reafirmam a importância do Teatro Comunitário e expõem a necessidade de apoios que deem subsídios à essa efervescente produção.



Para discutir qual o papel do Estado para o desenvolvimento do jovem e do teatro nas comunidades, a mesa conta com as convidadas: Maria do Rosário Ramalho (Secretaria Municipal de Cultura); Débora Marçal (Capulanas Cia de Arte Negra); Natália Siufi e Maria Gabriela D'Ambrozio (Grupo Teatral Parlendas).


No segundo tema, os convidados Leandro Hoehne (Grupo DoBalaio), Expedito Araújo (Gestor Cultural, Cientista Social e ator) e a paraibana Mirtthya Guimarães, arte-educadora do Centro Cultural Piollin, falam sobre caminhos para a consolidação de projetos de grupos jovens de teatro.


Já a pesquisadora brasileira Márcia Pompeo Nogueira, da Universidade de Santa Catarina, discute como o teatro em comunidade dialoga com movimentos sociais e culturais, juntamente com a Secretária de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, Maria Benites; o diretor da Corporación Cultural Nuestra Gente e co-fundador da Rede Colombiana de Teatro em Comunidade, Jorge Blandón; e o coordenador de cultura da Fundação Tide Setubal e membro do Movimento Nossa Zona Leste, Tião Soares.

Após o Fórum, na sexta-feira (17), às 20h, haverá apresentação do espetáculo “Um Fura-Bucho no Reino do Risca-Faca”, com o grupo Teatro Popular Cara e Coragem (Caconde – interior de SP). E no sábado, às 16h, o espetáculo “Circo do amanhã”, com Centro Cultural Piollin (João Pessoa – PB) e, às 19h, é a vez do Grupo de Teatro Ajedrez (Medellín – Colômbia), com o espetáculo “¿Toda una vida?”.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Asas da Liberdade

Neste dia cinza, a vida acariciou a morte*
Marabá ficou mais irmão
São Paulo irmão, Paraíba irmão, todos irmãos...
Emoções se misturam, no olho do furacão
No galpão, bandeira dessa união
O frio se aquece com encontro
Partida da vida
Um xadrez entre a vida e a morte
Eu sou o outro e o outro sou eu
Em um teatro tão VIVO que nos dá mais Asas da Liberdade







Cego Miro, o olheiro do encontro
*na manhã de ontem, chegou a notícia de falecimento da mãe de uma das integrantes do grupo de teatro Asas da Liberdade (Marabá - PA).

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Dá gosto de ver

A convivência entre a comunidade e artistas de outras cidades, estados e até países acontece naturalmente. Enquanto as alunas da Néia, mulheres de Cidade Tiradentes, conversam durante o curso de artesanato, também as crianças do curso de letramento fazem seu aprendizado, conhecem pessoas, fazem novos amigos e as recebem no Centro Cultural como quem tem uma visita em casa. Querem mostrar o melhor do nosso bairro.



Os jovens fazem um belo cortejo em direção a praça. Um passeio por nossas ruas para dizer a que viemos. E viemos com todos os grupos: daqui de lá. Juntaram-se a nós, com muita juventude e vitalidade, outros grupos mais. Estavam presentes os jovens do ICA, da Casa da Juventude, as belas do Baobá, amigos do Buraco do Oráculo, que trouxeram com eles mais amigos do Escambo. Que troca!




O trânsito do terminal de ônibus parou pra ver o Arruacirco fazer teatro na Praça Tiradentes. E, mais à noitinha, o GTO promoveu diálogo e reflexão entre jovens da escola Fernando Pessoa e do CEU Água Azul, que vieram prestigiar. Tinha gente de pé para assistir. Na saída, um camelô que mora por aqui disse que ia falar pra todo mundo o que viu, porque ele tem orgulho de viver em um lugar que tem TEATRO!
Veja mais imagens aqui.


Cego Miro, o olheiro do encontro

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

De repente, mirei

Espie só essa conversa
O Encontro não para depois que começa
Tem encontro no teatro, na rua, no picadeiro
Na sala e tem gente que faz festa
Até quando se encontra no banheiro
E o encontro desse domingo começou com Paidéia
Infelizmente não vi, mas, ouvi dizer que foi bom
Tão bom quanto o almoço com tutu e com feijão
E pra fazer digestão
Uma oficina de coco da maior animação
Que quase deixou louco o colombiano que descobriu lampião
Pois quando os grupos se encontram numa confraternização
De tudo se tira um pouco
Histórias de luta e realização
Porque artista brasileiro faz mesmo sem ter dinheiro
Do ovo faz um galinheiro
Enfrentando o mundo inteiro
Consegue rir de si mesmo
Sua arma é o coração


Cego Miro, o olheiro do encontro

domingo, 12 de setembro de 2010

El Grupo de Teatro AJEDREZ en Cidade de Tiradentes


Encuentro, hermandad y nuevos conocimientos; con esto nos han recibido en el Centro Cultural Pombas Urbanas.

En los tres días que llevamos de estadía nos hemos encontrado con una experiencia incomparable. Hay varias cosas que quisiéramos resaltar, como el amor y la pasión que tienen las personas del lugar por lo que hacen, su sentido de pertenencia y ese compromiso social-humano que los despierta cada día para seguir comprometido por el bienestar de su comunidad.

El arte despierta toda clase de motivaciones y en nosotros como grupo de teatro nos genera una emoción grande compartir nuestras experiencias artísticas con las personas del Centro Cultural, porque además nos sentimos identificados con sus problemáticas y el día a día de su entorno.

Estos primeros días hemos podido conocer diferentes grupos de todo Sao Paulo en la que se ve refleja la diversidad del país, desde su tonalidad en la voz hasta su técnica en la escena. Nos encontramos con niños dinámicos y llenos de energía que quieren todos los días aprender algo nuevo. La comunidad está conectada con el trabajo de Pombas y trabaja a su lado.

Nos ha sorprendido su trabajo en comunicaciones: periódico, cubrimiento en vivo del encuentro, blogs, flickr y un montón de herramientas de la web puestas al servicio del Encuentro y de su divulgación internacional.

Ahora, ensayamos y esperamos que todos la comunidad y los amigos invitados al Encuentro disfruten de nuestra espectáculo.

Sinergia grupal y compromiso social.

Mónica Samudio Valencia

Grupo de Teatro AJEDREZ


Nuestro blog: http://grupodeteatroajedrez.blogspot.com/

Jovens se unem para tocar e cantar durante intervalo de workshop e oficina de integração


Os jovens que estão participando do 3° Encontro de Teatro Jovem se reuniram na tarde de domingo para a criação da música-tema.

E a música sai ou não sai?


Estamos na expectativa...

Workshop do Centro Cultural Piollin


Workshop “A Cultura Popular no Corpo do Ator”, com Centro Cultural Piollin, que desenvolve o ritmo e a energia do ator em cena, colaborando para a composição de personagem ou mesmo do ritmo do espetáculo, por meio de danças como: Coco, Ciranda e o Cavalo Marinho.




Mirando as trupes


Nunca vi trapos tão bonitos nem Piollin que faz a cabeça tão bem. Fui parar pra ouvir umas quentinhas da Tia Jolanda no portão do prédio e vi chegar uma tal Trupe Trapos Dell'Arrua. O bairro virou um cenário tão bonito com um clima de final de semana ensolarado. A garotada batendo uma pelada na quadra, uma cervejinha no boteco, as comadres botando a conversa em dia da janela do prédio e “Uma mulher, uma história, várias máscaras” rolando no dia a dia da Cidade Tiradentes (um bairro que respira Teatro).


Todo mundo parou e se divertiu com a Trupe. Tinha tanta criança assistindo que a dona do pedaço garantiu: “Esses atores aqui na porta de casa é um oferecimento da mamãe aqui criançada!”. Êta coisa chique hein! Se eles são trapos da rua, são dos que vestem nossa imaginação.


Na sequência, quem veio fazer nossa cabeça lá dentro do Centro Cultural foi o Piollin. Piolho de pomba pega? Não sei não, só sei que a peça pegou. Os atores mal descansaram da viagem da Paraíba até aqui e já caíram em cena. E levou o público a cair na risada com o neguinho Benedito e suas histórias.


Os atores esqueceram o cansaço e se entregaram ao jogo com vitalidade, alegria e musicalidade para mostrar o espetáculo “Casamento de Branco”, do Ponto de Cultura Centro Cultural Piollin. Uma história tão nossa que todo mundo se identificou com a identidade deles.

Paraíba é Tiradentes, gente! E eles ainda esticaram a prosa num bate-papo animado, que aproxima mais ainda as pessoas do teatro. Foi a continuidade de um dia tão bom que eu me vi com aquela cervejinha que ficou na praça.


Bom, é melhor eu ir parando por aqui porque se o Encontro continuar assim vou ficar com o zóio cheinho d'água.


fotos: Jonatha Cruz



Cego Miro, o olheiro do Encontro

Alehâpi

A equipe do Coletivo de Comunicação Comunitária está correndo durante a cobertura do Encontro e tentando levar a você um pouco das atividades que estão acontecendo no Centro Cultural Arte em Construção.

Um dia inteiro de programação artística, intercâmbio entre grupos e muita, muita energia boa. Deve ser o chamado "espírito juvenil". E alguns canais já estão disponíveis pra você participar virtualmente:


Transmissão ao vivo do Encontro / Twitter Pombas Urbanas / Fotografias (por Jonatha Cruz e Neomisia Silvestre)


Veja este primeiro vídeo, dentre tantos outros que queremos postar por aqui, do encerramento da atividade teatral de ontem, na abertura do evento.


Alêhapi é um "grito de guerra" circense, e foi com este grito que abrimos o Encontro.

sábado, 11 de setembro de 2010

Cego Miro, o olheiro do Encontro

Dia 11 – Que dia é hoje?


O jornal de hoje mostra um mundo aterrorizado.


“Nesta data querida” (?) se comemora o golpe Militar no Chile e a morte de Allende e os atentados terroristas contra os Estados Unidos.


Terror, intolerância, injustiça... Nosso mundo é esse?


Saí da banca de jornal e fui dar uma chegada no Centro Cultural. Logo pela manhã, enquanto uma revoada de Pombas cruzava o céu cinza, vi uma multidão de jovens que veio visitar a Tiradentes.


É natal? É jogo do Corinthians? É ataque do PCC? Ai meu Deus...


É o Teatro VIVO!


Celebrando diferenças e semelhanças.


Horas de trabalho como um jogo de criança.


Rodas de conversa sobre tudo que interessa.


Teatro, circo, música, comunidade, blog, twitter...


Diálogos ao vivo e virtuais, online para o mundo.


Pra dona Maria da Paraíba, Tia Dulce de Medellín, pra Adriana da papelaria.


Tudo é aprendizado, conhecer, descobrir, saber...


Enquanto isso, os grupos produzem seus espetáculos, que logo serão apresentados.


11 de setembro de 2010. É muita emoção... Isso é realidade?


Nosso mundo é esse ou esse é mundo que queremos?




Cego Miro, o olheiro do Encontro

TV Pombas no 3º Encontro Comunitário de Teatro Jovem

Acompanhe a transmissão ao vivo do 3º Encontro Comunitário de Teatro Jovem direto do Centro Cultural Arte em Construção, sede do Pombas Urbanas no bairro Cidade Tiradentes.



Watch live streaming video from tvpombas at livestream.com

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Acendendo

Na véspera, um clima no ar. O tempo está suspenso, denso. Será um gás inflamável, pronto para explodir?

O 3º Encontro Comunitário de Teatro Jovem vem aí e vai acender nossa juventude.

Suco de Duracell!

Ideia e renovação!

Jovens amigos da Colômbia, Paraíba, Marabá, Sorocaba, Mogi Mirim, Caconde... Onde? Sei lá.

Daqui, dali, de lá. Livres, Leste, Norte, Sul e Oeste. O Centro é onde estamos.

Nos juntamos para trocar, conhecer, descobrir, aprender, ensinar.

Cabeça fechada não entra luz, não entra água, não entra terra... Suspensa no ar a sensibilidade, as emoções, os sentimentos.

E esse misto de ansiedade, medo, felicidade que vem chegando, crescendo, crescendo, sendo.

O ar parado vai virando friozinho na barriga, anunciando que vai começar.

Epa! O Ajedrez chegou!!!


Cego Miro, o olheiro do Encontro

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Releases dos grupos e seus espetáculos que integram a programação.

Trupe Trapos Dell'Arrua (Bela Vista – centro)

Um coletivo artístico que preza pelo resgate e valorização das identidades culturais locais. Desde 2007, o grupo desenvolve um trabalho com teatro de rua, máscaras e fotografia com jovens da comunidade da Bela Vista. As aulas de teatro ministradas pela Trupe desde junho de 2009 são parte do projeto “Resgatando Identidades Culturais” (Secretaria Municipal de Cultura), que originou o núcleo teatral Filhos da Trupe, composto por alunos das oficinas de máscara, circo e teatro.

Espetáculo: “Uma mulher, uma história, várias máscaras”

Yolanda, uma bela e rica jovem que durante uma visita a São Paulo fica sabendo da morte de toda sua família e passa a ser cuidada por seu ambicioso tutor, o Dr. Albuquerque, que a julga como louca e a prende em uma casa no bairro Bela Vista.

Duração: 50 minutos / Classificação: Livre

Local da apresentação: Praça 65 – Cidade Tiradentes

Ficha Técnica - Texto: Criação Coletiva / Direção: Deco Morais / Elenco: Anderson Pecci, Claudia Souza, Clari Oliveira, Deco Morais, Gabriela Balmant, Arizete Amorim, Paula Caroline e Vinicius Gabriel

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Centro Cultural Piollin (João Pessoa – PB)

Formado por alunos com idade média entre 14 e 16 anos, que mantêm estudos contínuos de teatro e circo no Piollin, um espaço que estimula o trabalho de formação permanente de cada integrante, gerando oportunidades de conhecimento nas áreas técnicas do teatro, do aprimoramento das relações interpessoais, da capacitação na gestão e produção cultural e na possibilidade de auto-sustentação do grupo.

Espetáculo: “Casamento de Branco”

Produzido em 2007 pelos alunos do Centro Cultural Piollin, com idade média entre 14 e 16 anos, o espetáculo apresenta um texto do autor alagoano Altimar Pimentel que trata dos conflitos que envolvem o casamento encomendado de Jacira, filha do Capitão Formiga, com o Dr. Carlos Alberto, parente dos Formigas.

Duração: 50 minutos / Classificação: Livre

Local da apresentação: Teatro Ventre de Lona

Ficha Técnica - Elenco: Allessandro Gomes, Mirthya Guimarães, Rafael de Paiva, Isaura-Tuíra, Thiago Santino, Fabrício carvalho, Francielle Ferreira / Produção: Marcelina Moraes / Direção: Servilio de Holanda / Coordenação Pedagógica: Simone Alves / Colaboradora: Roberta Alves


Espetáculo: “Circo do amanhã”

Resultado da oficina de circo do Centro Cultural Piollin, coordenada pelos artistas e educadores circenses Kleber Morone e Simone Alves, o jovens atores apresentam sua pesquisa realizada sobre o universo do circo tradicional.

Duração: 50 minutos / Classificação: Livre

Local da apresentação: Praça Jardim Maravilha

Ficha Técnica - Elenco: Rafael de Paiva, Thiago Santino, Fabrício de Carvalho, Alexandro Gomes, Tuirá Barbosa e Jeferson Martins
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Cia Jovem Paidéia de Teatro (Santo Amaro – zona sul)

Formada por alunos do curso de Vivência Teatral da Paidéia Associação Cultural, onde são realizadas ações permanentes e criativas com os jovens, o programa inclui ações capazes de oferecer a oportunidade e o incentivo a uma constante descoberta como seres criadores, conscientes e capazes de interferir e transformar a realidade social. A integração de jovens de classes sociais distintas, numa proporção fiel à realidade também permeia essas atividades.

Espetáculo: “O Primeiro Voo de Ícaro”Num baile de formatura, um professor relembra as histórias de três de seus alunos: uma menina que nasce condenada por questões sociais e raciais, uma garota que resolve se apaixonar; e um menino que detesta as interferências de seus pais em sua vida.

Duração: 50 minutos / Classificação: 10 anos

Local da apresentação: Teatro Ventre de Lona

Ficha Técnica - Texto: Luís Alberto de Abreu / Direção: Amauri Falseti / Elenco: Ana Paula Alves, André de Azevedo, Bárbara Suemy, Cibele Witcel, Douglas Costa, Edilene Soares, Fábio Frank, Luiz Carlos Spínola, Luiz Fernando da Costa, Marina Lopes, Rodolfo Matos, Valdênio José e Viviane Andrade
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Pombas Urbanas (Cidade Tiradentes – zona leste)

A história deste coletivo teve início em 1989 no projeto “Semear Asas”, concebido pelo diretor peruano Lino Rojas (1942-2005) com o objetivo de formar jovens de São Miguel Paulista, zona leste, em atores-orgânicos: aquele que não dissocia a arte da vida. Com a orientação artística de Rojas, o grupo desenvolveu pesquisa sobre formação do ator, linguagem e dramaturgia, o que resultou na montagem de 11 espetáculos. Ganhador do 3º Edital do Programa Municipal de Fomento ao Teatro, em 2004, o Pombas Urbanas ocupa um galpão de 1600m² no bairro Cidade Tiradentes e inicia a estruturação de um espaço cultural e comunitário de arte, onde priorizam a multiplicação de sua experiência teatral, principalmente, com jovens do bairro.


Espetáculo: “Histórias Para Serem Contadas”

Tocando e cantando, um grupo de atores vai de cidade em cidade, de praça em praça, representando o jogo da vida. Numa linguagem vibrante, eles contam histórias incríveis de pessoas comuns, como a do homem que virou cachorro e a do camelô que ganhava a vida no grito e morria de dor de dente. A rua, palco do espetáculo, é o cenário cotidiano dessas tragédias, comédias e dramas urbanos, que muitos não querem ver.

Duração: 60 minutos / Classificação: Livre

*Local da apresentação: Praça do Correio – Centro de SP

Ficha Técnica - Direção: Hugo Villavicenzio / Elenco: Adriano Mauriz, Juliana Flory, Marcelo Palmares, Marcos Kaju, Natali Santos, Paulo Carvalho e Ricardo Big / Cenário e figurinos: Marcio Tadeu / Direção musical: Marcello Ribeiro / Produção e divulgação: Pombas Urbanas / Operação de som: Ellen Rio Branco / Contra-regra: Paulo Maia / Produção executiva: Cláudio Pavão
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Trupe Arruacirco (Itaim Paulista – zona leste)

O grupo surge em 2007, no bairro Itaim Paulista, zone leste de São Paulo, a partir de uma oficina realizada pelo grupo Buraco d'Oráculo. Desde então, trabalham o circo, a cultura popular brasileira e o teatro de rua em seus espetáculos, passando por esquetes clássicas, acrobacias aéreas e de solo; além das expressões populares como Boi Bumbá, Maracatu, Cacuriá, Coco, Jongo e Dança Afro.


Espetáculo: “Se os tubarões fossem homens”

Livre adaptação da crônica do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, o espetáculo retrata uma pacata família da classe média brasileira, que a partir de uma inocente pergunta: “Pai, e se os tubarões fossem homens?'', traz à tona várias questões sobre a sociedade.

Duração: 40 minutos / Classificação: Livre

Local da apresentação: Praça Tiradentes (em frente ao Terminal de ônibus)

Ficha Técnica – Texto: Bertolt Brecht / Direção: Trupe Arruacirco / Elenco: Rafael Araújo, Jô de Freitas, Daniel Marques, Luciano Kleber, Rafaela Souza
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GTO Revolução Teatral (Santo André – Grande ABC)

Grupo independente formado por jovens que há cinco anos utilizam-se de técnicas do Teatro do Oprimido, de Augusto Boal e do Método Laban. Seus espetáculos formatados coletivamente, sempre a partir das realidades do grupo, têm como característica o movimento e a dança sobrepondo a palavra. Com seis peças no repertório e apresentações na Argentina, Uruguai e estados brasileiros, o grupo é referência no uso das técnicas de Boal, tendo recebido a visita de pesquisadores estrangeiros.

Espetáculo: “Pedras, sonhos, nuvens”

O espetáculo aborda a saga de imigrantes nordestinos que vêm tentar a vida em São Paulo e topam com diferenças culturais que provocam conflitos familiares. Com a linguagem do Teatro do Oprimido, o público é convidado a entrar em cena, dando ao protagonista possibilidades diferentes das que segue o texto.

Duração: 60 minutos / Classificação: Livre

Local da apresentação: Teatro Ventre de Lona

Ficha Técnica – Texto: Criação coletiva / Direção: Armindo Rodrigues Pinto / Elenco: Alessandra F. Mariano, Daniela Neres, Douglas Martins, Franciele M. da Silva, Jane Vieira da Silva, Luciane Faustino, Marcele M.da Slva, Paulo Ricardo da Silva e Rodolfo de Jesus da Siva
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Cia do Outro Eu (São Matheus – zona leste)

Oriunda do Projeto Teatro Vocacional (2004), a Cia consolidou-se como grupo dois anos depois e desde sua formação procura desenvolver um trabalho de caráter coletivo e popular. Além do teatro, o grupo contempla diversas linguagens artísticas e humanas, como: Clown, Danças e Cantigas Populares, Dança Afro e Contemporânea, Música, Teatro de Animação, História do Teatro, Dramaturgia, Artes Plásticas e Poesia.


Espetáculo: “A Mosca...”

Numa incessante disputa entre a necessidade de sobrevivência e o sonho de ser artista, uma trupe de anônimos vagueia pelas ruas da cidade. E nessa longa viagem de encontros e desencontros, deparam-se com o público e descobrem que ser artista é muito pouco se a sua arte não for compartilhada.

Duração: 30 minutos / Classificação: Livre

Local da apresentação: Praça Professor Roberto de Souza (Setor G)

Ficha Técnica - Criação e dramaturgia: Cia do Outro Eu / Direção Diluída: Cia do Outro Eu / Atores-criadores: Nilson Castor, Queila Rodrigues e Rhafael Oliveira
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Grupo de Teatro Ajedrez (Medellín – Colômbia)

Formado em 1999 a partir da iniciativa de seis estudantes universitários e seus professores de teatro, o grupo é composto por 19 membros, todos estudantes, sendo 14 mulheres e cinco homens, que iniciaram seu processo artístico na Corporação Cultural Nossa Gente, um coletivo que há 23 anos atua na comunidade do bairro Santa Cruz, periferia da cidade de Medellín, na Colômbia.

Espetáculo: “¿Toda una vida?”

Quatro jovens atrizes representam homens e suas visões estereotipadas sobre as mulheres, num espetáculo que mostra os problemas que afligem a maioria delas. Da infância a velhice, as personagens confrontam idade e tempo de maneira diferente, mas com o propósito de uma reflexão.

Duração: 75 minutos / Classificação: 15 anos

Local da apresentação: Teatro Ventre de Lona

Ficha Técnica - Direção: Carlos Alberto Zapata / Assistente de direção: Alexander Muñetón Beltrán / Música: Kendry González / Iluminação: Juan Carlos Deossa / Cenografia: Grupo Ajedrez / Adaptação dramatúrgica: Carlos Alberto Zapata / Produção: Alexander Muñetón Beltrán
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Grupo doBalaio (Vila Curuçá – zona leste)

Formado em 2004 a partir de oficinas de circo e teatro do projeto “Amigos da Multidão”, da Cia Estável de Teatro, o grupo ganhou o Programa VAI (2005) com o projeto “Circo do Balaio”, que resultou na montagem do primeiro espetáculo infantil. Em 2006, o projeto “A caminho do Circo do Balaio” ficou entre os dez finalistas do Programa de Expedição Artemista. Em parceria com a Trupe Arruacirco, realizam o Cortejo Livre Leste, um meio articulador entre grupos teatrais da região leste.

Espetáculo: “Numa Roda”

Uma contadora de histórias que não agrada a nenhum público e dois palhaços recém-demitidos de um circo se encontram e, juntos, decidem encenar a vida de Tiriba, um menino de circo, para conseguir ganhar dinheiro.

Duração: 50 minutos / Classificação: Livre

Local da apresentação: Praça Mestre José Caetano (Prestes Maia)

Ficha Técnica – Texto: Adaptação coletiva do original escrito por Osvaldo Costa Jr. e Daniela Giampietro para o grupo em 2005 / Direção: Nei Gomes / Elenco: Ângela Garcia e Garcia, Anderson Tavares e Leandro Hoehne
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Núcleo Teatral Filhos da Dita (Cidade Tiradentes – zona leste)

É o primeiro núcleo de teatro de Cidade Tiradentes formado pelo grupo Pombas Urbanas. Contemplado em 2006 e 2007 pelo Programa VAI, com o projeto “Escrevendo e Falando a Arte”, criaram intervenções teatrais e uma Rádio de Rua, triciclo sonorizado que divulga pelo bairro informações da programação do Centro Cultural Arte em Construção, onde compartilham com outros jovens a gestão deste espaço. O projeto também serviu de pesquisa para o processo teatral de seu primeiro espetáculo, “Os Tronconenses”, uma releitura de 1990, primeira montagem do Pombas Urbanas.

Espetáculo: “Os Tronconenses”

Um espetáculo que revela, por meio de brincadeiras, um mundo em crise, onde crianças da cidade imaginária “Tronconé” representam histórias sobre abandono, lembranças e pessoas comuns no cotidiano urbano. Carregadas de alegrias, tristezas e aventuras, essas histórias revelam um mundo adulto em crise, em que loucura e lucidez se confundem.

Duração: 60 minutos / Classificação: 12 anos

Local da apresentação: Teatro Ventre de Lona

Ficha Técnica - Texto: Lino Rojas / Direção: Marcelo Palmares e Paulo Carvalho Jr. / Trilha Sonora: Pombas Urbanas / Operador de som: Rafael Pantoja / Cenário e Figurino: Núcleo Teatral Filhos da Dita / Artista Gráfico: Diego Amoroso / Elenco: Natali Santo, Paulo Maia, Ricardo Big, Fernando Alve, Jéssica Nunes, Thábata Letícia, Ellen Rio Branco, Cláudio Pavão, Francisco Estanislav e Luara Sanches
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Teatro Popular Cara e Coragem (Caconde – interior de SP)

Formado por adolescentes de 14 a 18 anos, o grupo surgiu como uma das ações do Núcleo de Pesquisa e Ação em Arte Comunitária, com o objetivo de desenvolver uma pesquisa de implantação do teatro comunitário na cidade de Caconde. A pesquisa cênica é norteada por quatro eixos: Teatro Dialético (Bertolt Brecht), Teatro Pobre (Jerzy Grotowiski), Teatro e a Estética do Oprimido (Augusto Boal) e Teatro Popular (César Vieira).


Espetáculo: “Um Fura-Bucho no Reino do Risca-Faca”

Uma comédia em ato único que critica as fábulas infantis e a relação de poder que se estabelece nas comunidades. O espetáculo provoca a reflexão e a discussão do doutrinamento das crianças, que se utiliza de instrumentos de poder para a alienação.

Duração: 60 minutos / Classificação: Livre

Local da apresentação: Teatro Ventre de Lona

Ficha Técnica - Texto: Asdrúbal Serrano / Direção: Asdrúbal Serrano / Elenco: Isadora de Lima, Bárbara Natani, Laís Cristina, Isabela de Lima, Mariana Pocaia, Juliana Raquel, Rodrigo Ribeiro, Bruno Batista, Murilo Henrique e Rodrigo Gar
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Banda Alana (Jd. Pantanal – zona leste)

Em 2007, o projeto “Espaço Alana e Banda” implantou oficinas de música, canto coral, percussão, teoria e musicalização infantil para alunos de seu núcleo de recreação e cultura. O objetivo do projeto está se concretizando, uma vez que buscava trazer uma nova linguagem à comunidade e mostrar como ela pode proporcionar mudanças de comportamento e valores. Com repertório de maracatu, ijexá, salsa, samba-rock, samba, reggae, pop rock, xote, caboclinho, funk soul e ciranda, em seu show o grupo transmite a importância da música no contexto social.

Duração: 60 minutos / Classificação: Livre

Local da apresentação: Centro Cultural Arte em Construção

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

1º FÓRUM DE TEATRO JOVEM DA CIDADE DE SÃO PAULO

PROGRAMAÇÃO


17/9 – SEXTA-FEIRA, 10h
•Tema 1: Qual o papel do Estado para o desenvolvimento do Jovem e do Teatro nas comunidades
Maria do Rosário Ramalho – Diretora de Fomentos do Departamento de Expansão Cultural (DEC), órgão da Secretaria Municipal de Cultura
Débora Marçal – atriz da Capulanas Cia de Arte Negra, grupo contemplado pela 16° edição do Programa de Fomento ao Teatro.
Natália Siufi e Maria Gabriela D’Ambrozio – atrizes integrantes do Grupo Teatral Parlendas, ganhador do Programa VAI – Valorização de Iniciativas Culturais (edição 2010).


15h - Tema 2: Caminhos para consolidação dos projetos de grupos jovens de teatro
Maria Benites – representante titular da Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura
Leandro Hoehne – ator do Grupo DoBalaio e integrante da Rede Livre Leste
Expedito Araújo – Gestor Cultural, Cientista Social e ator
Mirthya Guimarães – arte-educadora do Centro Cultural Piollin

18/9 – SÁBADO, 10h
•Tema 3: Como o teatro em comunidade dialoga com Movimentos Sociais e Culturais
Márcia Pompeo Nogueira – pesquisadora brasileira da Universidade de Santa Catarina, possui estudos acadêmicos sobre Teatro em Comunidade e é autora de livros sobre o tema.
Jorge Blandón – diretor da Corporación Cultural Nuestra Gente e co-fundador da Rede Colombiana de Teatro em Comunidade.
Tião Soares – coordenador de cultura da Fundação Tide Setubal e membro do Movimento Nossa Zona Leste


Acompanhem a Programação!

Um pouco do que foi o 2 Encontro!

Confira abaixo o vídeo do 2 Encontro Comunitário de Teatro Jovem realizado em novembro de 2009.



Filmagem realizada pelo Canal Periférico.

Essa é a nossa Pegada!!!

Nosso sonho tem essa pegada !!!

Nove dias de intercâmbios artísticos, workshops, apresentações teatrais e um Fórum de discussão acerca do Teatro em Comunidade compõem a programação do 3º Encontro Comunitário de Teatro Jovem da Cidade de São Paulo, que acontece de 11 a 19 de setembro, no Centro Cultural Arte em Construção (Avenida dos Metalúrgicos, 2100), sede do grupo Pombas Urbanas, e em Praças do bairro Cidade Tiradentes, extremo leste da capital.
Um encontro realizado por grupos de teatro jovem que visam reunir e trocar experiências com diversos grupos que trabalham com Teatro em Comunidade. Além de desfrutar de uma programação artística, ocupar praças e ruas do bairro Cidade Tiradentes com apresentações teatrais e um cortejo de encerramento com a Banda Alana (Jd. Pantanal – zona leste), esses jovens aproveitam para discutir sua sustentabilidade, organização e pesquisa do fazer teatral.
Desde 2008, o Pombas Urbanas e o Núcleo Teatral Filhos da Dita (primeira turma de teatro jovem da Cidade Tiradentes formada pelo Pombas) fazem deste bairro palco para a realização de um Encontro Comunitário, que nessa 3ª edição traz duas apresentações dos alunos do Centro Cultural Piollin (João Pessoa - PB) e do Grupo de Teatro Ajedrez (Medellín - Colômbia). Durante a semana do Encontro, ambos os grupos realizarão workshops para compartilhar processos artísticos desenvolvidos em suas comunidades na formação de jovens.
De São Paulo, os grupos da zona leste Trupe Arruacirco, do Itaim Paulista; Cia do Outro Eu, de São Matheus; e Grupo doBalaio, da Vila Curuçá participam do evento. De outras regiões da cidade: Trupe Trapos Dell'Arrua, Bexiga; Cia Jovem Paidéia de Teatro, Santo Amaro; GTO Revolução Teatral, Santo André; e, do interior de São Paulo, os grupos Teatro Popular Cara e Coragem (Caconde) e Nativos Terra Rasgada (Sorocaba). Jovens que têm atuação ativa em suas respectivas comunidades e que, ao mesmo tempo, buscam fortalecer sua experiência.
Além de workshops e apresentações teatrais, dentro da programação do Encontro acontece o 1º Fórum de Teatro Jovem da Cidade de São Paulo, que reúne representantes de sólida experiência na realização de projetos de arte e teatro para a transformação social e representantes de grupos jovens, que cada vez mais reafirmam a importância do Teatro Comunitário e expõem a necessidade de apoios que deem subsídios à essa efervescente produção.

Confira a programação e participe!
Informações: (11) 2282-3801